13.12.11


Ei, você, aonde vai com tanta pressa?

Eu sei que você tem pouco tempo...

Mas, ser que poderia me dar uns minutos da sua atenção?

Percebo que há muita gente nas ruas, correndo como você.

Para onde vão todos?

Os shoppings estão  lotados...

Crianças são  arrastadas por pais apressados, em meio ao torvelinho...

Há  uma correria generalizada...

Alimentos e bebidas são armazenados...

E os presentes, então? São tantos a providenciar...

Entendo que você  tenha pouco tempo.

Mas, qual  o motivo dessa correria?

Percebo, também, luzes enfeitando vitrines, ruas, casas, arvores...

Mas, confesso que vejo pouco brilho nos olhares...

Poucos sorrisos afáveis, pouca paciência  para uma conversa fraternal...

 bonito ver luzes, cores, fartura...

Mas seria tão belo ver sorrisos francos...

Apertos de mãos demorados...

Abraços de ternura...

Mais gratidão...

Mais carinho...

Mais compaixão...

Talvez você nunca tenha notado que  pessoas que oferecem presentes por mero interesse...

Que  abraços frios e calculistas...

Que familiares se odeiam, sem a mínima disposição
 para a reconciliação.

Mas, porque você me emprestou uns minutos do seu precioso tempo, gostaria de lhe perguntar novamente: Para que tanta correria?

Em meio de agitação, sentado no meio-fio, um mendigo, sóbrio, grita bem alto: Viva Jesus. Feliz Natal!

E os sóbrios comentam:  louco!

E a cidade se prepara... Ser Natal.

Mas, para você que ainda tem tempo de meditar sobre o verdadeiro significado do Natal, ouso dizer:

O Natal não apenas uma data festiva,  um modo de viver.

O Natal é a expressão da caridade...

E quem vive sem caridade desconhece o encanto do mar que incessantemente acaricia a praia, num vai-e-vem constante...

Natal é fraternidade...

E a vida sem fraternidade é como um rio sem leito, uma noite sem luar, uma criança  sem sorriso, uma estrela sem luz.

Mas o Natal também é  união...

E a vida sem união é como um barco furado, um pássaro de asas quebradas, um navegante perdido no oceano sem fim.

E, finalmente, o Natal é pura expressão de amor...

E a vida sem amor  é desabilitada para a paz, porque em sua intimidade não o sopra a brisa suave do amanhecer, nem se percebe o cenário multicolorido do crepúsculo.

Viver sem a paz é  como navegar sem bussola em noite escura... é desconhecer os caminhos que enaltecem a alma e dão sentido a vida.

Enfim, a vida sem amor... Bem, a vida sem amor  é mera ilusão.

* * *
 
Que possa ser um marco definitivo no seu modo de viver, conforme o modelo trazido pelo notável Mestre, cuja passagem na Terra deu origem ao Natal...

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